Patrícia Lelis é indiciada por calúnia e extorsão no caso de sequestro.
Por
decisão do delegado titular da 3ª DP de São Paulo, Luís Roberto Hellmeister,
responsável pela investigação do suposto sequestro de Patrícia Lelis, a jovem
passou de vítima a acusada.
Ela
foi indiciada por denunciação caluniosa e extorsão no Boletim de Ocorrência que
fez contra Talma Bauer, ex-assessor do deputado pastor Marco Feliciano.
A
estudante acusava Bauer e mais duas pessoas de sequestro e cárcere privado. A
polícia paulista faz uma apuração independente das acusações de estupro
qualificado e agressão contra Feliciano. A investigação desses fatos corre em
Brasília, onde teriam ocorrido e porque o parlamentar possui foro privilegiado.
A
polícia civil de São Paulo irá, no final do inquérito, pedir a prisão
preventiva da jovem. “Ao término do inquérito vou pedir a preventiva dela”,
afirmou Hellmeister. O delegado explica que, no primeiro momento, cogitou pedir
a prisão temporária do assessor de Feliciano.
Contudo,
após ouvir novas testemunhas e obter provas que esclareciam a situação,
concluiu que não houve sequestro. Foi determinante para isso as imagens da
câmera do hotel onde ela estava hospedada e os vídeos onde Patrícia, Emerson e
Bauer negociam o silêncio da jovem.
Nesta
quinta-feira (18), foram ouvidas duas novas testemunhas, incluindo Rodrigo
Simonsen, ex-namorado de Patrícia. Ele contou à polícia que entre 30 de julho e
5 de agosto, dormiu quatro noites com ela em um hotel no centro de São Paulo.
Foi neste período que ela afirma ter ocorrido o cárcere privado. “Ele disse que
nestes quatro dias não encontrou Bauer”, esclarece o delegado.
A
defesa de Patrícia Lelis não foi localizada para comentar a decisão. Seus
advogados haviam e pedido cinco dias para Patrícia fazer mudanças no depoimento
que prestou no último dia 5
Patrícia ambiciona carreira política
Emerson
Biazon, que aparece nos vídeos atuando como uma espécie de intermediário, usou
as redes sociais para mostrar uma conversa que teve com Patrícia pelo WahtsApp.
Nela, a jovem afirma que só se exporia para a imprensa por dinheiro. Ele também
revelou que o objetivo dela com toda a exposição era motivado pela ambição de
uma carreira na política.
“Uma
mulher que foi estuprada não age como agiu, me pediu favor de arrumar um
emprego e ainda mentiu falando que eu disse que sou da Record, menina, seu
lugar não é na cadeia e no manicômio!! Vai se tratar antes que prejudica mais
pessoas sua louca! E ainda me fala dentro carro que depois dessa exposição na
mídia vai sair a candidata a deputada?”, escreveu.
Fonte: Estadão