Israel denuncia que dinheiro da ONU foi usado para patrocinar terrorismo.
O governo israelense está denunciando mais
uma vez que dinheiro de organizações humanitárias enviado para a Palestina
acabou financiando o terrorismo do Hamas. Nas últimas semanas foram presos dois
homens que desviaram verbas destinadas
a programas de educação e alimentação.
O
Serviço de Segurança Interior de Israel, chamado de Shin Bet, vem investigando
denúncias há dois anos. Semana passada prenderam Mohammad El Halabi, que
dirigia os programas da ONG cristã norte-americana Visão Mundial em Gaza.
Segundo foi noticiado, ele começou a trabalhar para ONG em 2005, como parte de
um plano de desviar fundos para o Hamas, grupo do qual ele é sabidamente
membro.
Seriam
dezenas de milhões de dólares que, segundo o governo de Israel, foram usados
para comprar armas, cavar túneis e patrocinar atividades militares dos
palestinos contra os israelenses. Uma parte foi usada para pagar salários de
seus líderes. A Visão Mundial nega e diz que tem mecanismos internos para
evitar isso.
Esta
semana o Shin Bet anunciou o indiciamento de um trabalhador palestino do
Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Ele também é acusado
de ter favorecido o Hamas. O engenheiro Waheed Abdallah Borsh, de 38 anos, era
encarregado de projetos de reconstrução na Faixa de Gaza.
A
investigação aponta que Borsh usou os recursos da PNUD “para servir aos
interesses militares do Hamas”. Isso resultou na construção de um píer militar
no norte da Faixa, para uso das forças navais do grupo islamita. O acusado
confessou nos interrogatórios que realizou atividades que ajudaram o grupo que
controla politicamente a região. Ele também apresentou detalhes sobre túneis e
bases militares do Hamas. Denunciou outros funcionários de organizações
humanitárias de cooperarem com o movimento.
A
denúncia mais grave foi em relação ao seu próprio pai, Halil El-Halabi, que foi
diretor da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina
(UNRWA). Ele também é membro do grupo terrorista e teria usado a posição para
beneficiar seus aliados.
O
caso continua sendo investigado pelas autoridades israelenses. A ONG inglesa
Save The Children também pode
ter um funcionário envolvido. A organização nega essa possibilidade,
mas está fazendo uma auditoria interna.
De
acordo com a acusação, Halabi admitiu ter recrutado em 2014 um funcionário
daquela ONG para se juntar as Brigadas Ezzedine al-Qassam ala militar do Hamas.
O homem que não teve seu nome divulgado era responsável por dois programas com
crianças que tinha orçamento de US$ 2,5 milhões. Ele também serviria de “elo de
ligação” com a USAID, Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento
Internacional – um órgão do governo americano.
O
elemento mais surpreendente é que o Hamas é reconsiderado como organização
terrorista pelos Estados Unidos. União Europeia e Israel também possuem provas
disso, embora o grupo afirma ser apenas político.
O
embaixador de Israel nas Nações Unidas, Danny Danon fez um apelo: “Este não é
um caso isolado, mas uma alarmante tendência de exploração sistemática das
agências das Nações Unidas por parte dos terroristas do Hamas”.
Ele
pede que a ONU implemente “mecanismos rígidos de supervisão” para que não
continue sendo “explorada” pelos “impiedosos terroristas que têm como único
objetivo matar os judeus e destruir o Estado de Israel”.
Com informações de Times of Israel