Pastor Marcos Pereira é declarado inocentado por unanimidade de todas as acusações.
O Pastor Marcos Pereira, da Assembleia de Deus dos Últimos Dias (ADUD),
no Rio de Janeiro, usou as redes sociais para comemorar a decisão final dos
processos contra ele, que incluíam acusações de associação ao tráfico e tráfico
de drogas.
Em vídeo postado no Facebook, ele reclama que a mídia não está
divulgando a decisão do desembargador Sidney Rosa da Silva, assinada em 26 de
julho, que o inocenta após julgamento do recurso.
Na verdade, ele fora absolvido em primeira instância, mas o Ministério
Público do Estado do Rio de Janeiro recorreu. O pastor ficou cerca de 18 meses
preso, mas agora, após a apelação de sua defesa, ele foi inocentado por
unanimidade.
“Venho mostrar a minha vitória recebida esta semana, provando que nem
uma arma forjada prevalecerá contra os servos de Deus”, escreveu ele no texto
da postagem. “Deus é o justo juiz; e ele nos justifica diante dos homens, para
mostrar que ele é com seus servos”, comemorou
No vídeo, ele exibe o documento e faz questão de enfatizar: “pela
justiça de Deus e pela justiça dos homens eu sou um homem inocente”.
O pastor Marcos Pereira, da Assembleia de Deus dos Últimos Dias (ADUD),
ficou conhecido nacionalmente por seu trabalho nos presídios do Brasil, onde
fazia cultos regularmente.
Contudo, a partir de 2012, José Junior, líder do AfroReggae passou a
fazer uma campanha forte contra o líder religioso, a quem chamou de “maior
mente criminosa do Rio de Janeiro”. Entre as diversas acusações graves contra
ele estavam o envolvimento com o crime organizado, na produção e distribuição
de drogas.
Uma série de denúncias contra ele incluíam denúncias de estupro e da
promoção de orgias sexuais envolvendo homens, mulheres e menores dentro da sede
da igreja em São João do Meriti. Em meio de 2013 ele foi preso, acusado de
estuprar seis mulheres, sendo que três delas eram menores de idade quando os
abusos aconteceram.
Ele ficou detido na penitenciária de Bangu 2, no Complexo de Gericinó.
Seu caso foi continuamente acompanhado pela imprensa, incluindo programas da
Globo e do SBT. O tempo todo, Pereira alegava inocência. Chegou a dizer que,
além de questões políticas, tratava-se de uma armadilha do diabo. A maior parte
dos membros do seu ministério acreditava em sua inocência e o defendia
publicamente.
Durante meses o caso obteve grande repercussão e surgiram várias
testemunhas de acusação, que incluíam a ex-esposa e antigos colaboradores da
ADUD. O pastor conseguiu um habeas corpus e foi solto em julho, após três meses
de prisão.
Em setembro, a 2ª Vara Criminal da Comarca de São João de Meriti, na
Baixada Fluminense, condenou Marcos Pereira a 15 anos de prisão por estupro.
Voltou a ser preso e só foi posto em liberdade definitiva em dezembro de 2014,
após o caso ter chagado ao Supremo Tribunal Federal, em Brasília.
Foi decretada a anulação da sentença e o fim da prisão. Agora, com a
decisão final do desembargador, o pastor encerra definitivamente o caso.
Fonte: Via Gospel Prime