Vitamina B3 pode ser primeiro tratamento seguro contra pré-eclâmpsia.
Nicotinamida
Pesquisadores japoneses descobriram que a
vitamina B3 (nicotinamida) pode ajudar a tratar mulheres grávidas que sofrem de
pré-eclâmpsia, prevenindo derrames e, em alguns casos, até mesmo estimulando o
crescimento do feto.
A pré-eclâmpsia é uma doença grave
caracterizada por pressão arterial elevada, danos nos vasos sanguíneos, altos
níveis de proteína na urina e retenção de líquidos. Em alguns casos, também se
acredita que a pré-eclâmpsia restrinja o crescimento do bebê.
Infelizmente, os medicamentos que diminuem a
pressão arterial não melhoram os danos nos vasos sanguíneos. Na verdade, eles
reduzem o fornecimento de sangue para os bebês, podendo levar à morte fetal.
Até agora, o único tratamento para mulheres
grávidas afetadas pela pré-eclâmpsia é o parto do bebê.
Vitamina B3
contra pré-eclâmpsia
Agora, pesquisadores da Universidade Tohoku
descobriram que a nicotinamida - também conhecida como vitamina B3 - alivia a
pré-eclâmpsia. Os primeiros resultados, obtidos em animais de laboratório,
mostram que a nicotinamida até mesmo melhora o crescimento fetal nas mães com
pré-eclâmpsia.
"Nós tínhamos mostrado anteriormente
que a endotelina, um forte hormônio que causa o estreitamento dos vasos
[sanguíneos], piora a pré-eclâmpsia. Mas inibir o hormônio é prejudicial para
os bebês.”
"Em contraste, a nicotinamida é
geralmente segura para mães e bebês, corrige o efeito de estreitamento dos
vasos sanguíneos da endotelina e reduz o estresse para os bebês. Nós avaliamos
os efeitos da nicotinamida usando dois modelos de pré-eclâmpsia causados por
diferentes mecanismos," contou o professor Nobuyuki Takahashi.
Testes em
humanos
A equipe afirma que a nicotinamida torna-se
assim a primeira droga segura que reduz a pressão arterial, reduz a proteína da
urina e alivia os danos dos vasos sanguíneos nos casos de pré-eclâmpsia.
Em muitos casos, a nicotinamida também
preveniu o aborto espontâneo, prolongou o período de gravidez e melhorou o
crescimento dos fetos.
O próximo passo é estudar se o tratamento
funciona da mesma forma em seres humanos, o que tornaria a nicotinamida uma
maneira segura para tratar a pré-eclâmpsia e prevenir a restrição de
crescimento fetal associada à doença.
Os resultados foram publicados na revista Proceedings
of the National Academy of Sciences (PNAS).
Fonte: Diário da Saúde