Seu corpo acaba de ganhar um novo órgão: o MESENTÉRIO.
Um professor da Universidade de Limerick
(Irlanda) está mudando os livros de anatomia e medicina: ela acaba de
reclassificar o que era considerada uma parte do sistema digestivo em um órgão
do corpo humano de pleno direito.
O mesentério, que liga o intestino ao abdômen,
vem sendo considerado, há centenas de anos, como uma estrutura fragmentada
composta de múltiplas partes separadas e diferentes.
No entanto, o professor Calvin Coffey acaba de
caracterizar o mesentério como uma estrutura contínua e com personalidade
própria.
Em uma revisão publicada em uma das principais
revistas médicas, The Lancet Gastroenterology & Hepatology, o
professor Coffey delineou todas as evidências para categorizar o mesentério
como um órgão.
"No artigo, que foi revisado e avaliado
por pares, nós estamos dizendo que temos um órgão no corpo que não havia sido
reconhecido como tal até hoje," resumiu ele.
Com a "promoção" do mesentério,
agora o corpo humano conta com 79 órgãos.
Ciência do mesentério
A expectativa de Coffey é que uma melhor
compreensão e estudos científicos específicos do mesentério possam levar a
cirurgias menos invasivas, menos complicações, recuperação mais rápida dos
pacientes e menores custos para o sistema de saúde.
Segundo ele, trata-se de muito mais do que
simplesmente alterar os atlas do corpo humano. A reclassificação do mesentério
como um órgão cria uma área totalmente nova na ciência - a ciência mesentérica
torna-se um campo específico de estudo médico, da mesma forma que a
gastroenterologia ou a neurologia.
“Quando nós o abordamos como qualquer outro
órgão, nós podemos categorizar as doenças abdominais em termos deste órgão”.
"Isso é relevante universalmente, pois
nos afeta a todos. Até agora não havia nada parecido com uma ciência
mesentérica. Agora nós estabelecemos a anatomia e a estrutura [do mesentério].
O próximo passo é a função. Se você entender a função você pode identificar o
funcionamento anormal, quando então você tem a doença. Coloque tudo junto e
você tem o campo da ciência mesentérica... a base para uma área totalmente nova
da ciência” finalizou o pesquisador.
Fonte: Diário da Saúde