Governo chinês matou cristãos para extração de órgãos.
Num país onde não há liberdade de expressão, como a
China, certas informações são difíceis de confirmar. Principalmente, quando se
referem às práticas do regime comunista contra grupos religiosos.
Em junho, foi divulgado pela CNN esta notícia
alarmante. Depois de investigar durante quase uma década, o ex deputado David
Kilgour, o advogado David Matas e o jornalista Ethan Gutmann, publicaram o
estudo: “Colheita Sangrenta/A
Matança: Uma atualização”.
“A conclusão final deste material e também do nosso
trabalho anterior, é que China está envolvida em assassinato em massa para
transplantes forçados”, disse matas. O material teve grande repercussão depois
que o Congresso dos Estados Unidos aprovou um projeto contra a extração forçada
de órgãos na China.
As principais vítimas seriam os chamados “presos de
consciência”, especialmente religiosos. Oficialmente, este é um Sistema
Voluntario de Doação de Órgãos no país mais povoado do mundo. Para Gutmann,
“Estamos diante de uma grande equipe que não quer parar. Creio que não é
somente pelo o lucro, mas que exista uma ideologia, é assassinato em massa e
ocultamento de um crime terrível”.
Há instalações médicas que, em conjunto, fizeram
pelo menos 1,5 milhões de transplantes nos últimos 16 anos, de acordo com o
relatório. Os autores afirmam que são entre 60,000 e 100,000 transplantes
anuais desde 2000. O governo chinês anunciou que houve um aumento de doação de
órgãos por voluntários nos últimos anos, negando que exista a chamada
“Colheita”.
O informe diz detalhes sombrios sobre as execuções
dos presos por negar-se a mudar sua opinião, colocando-se contra o governo
chinês. A pena de morte é comum na China, que não revela o número total de
execuções, porque é considerado “segredo de Estado”.
Em 2015, depois de anos de rumores não confirmados,
Huang Jiefu, diretor do Comitê de Doação de Órgãos da China, disse em
entrevista médica The Lancet que mais de 90% dos órgãos transplantados vieram
de presos executados pelo governo. Pouco tempo depois negou a informação
dizendo que suas declarações foram “distorcidas”.
De acordo com o informe independente, mais de 700
hospitais na China se dedicam a extrair órgãos e fazer transplantes
ilegalmente. Para os investigadores, é “o núcleo da violação dos direitos
humanos na China”.
Na Alemanha, este mês, foi publicado um foro em
Berlim, onde foram apresentadas várias propostas para impedir os abusos na
China pelo governo comunista. Martin Patzelt, um parlamentarista conservador,
pediu que China fosse pressionada pelas organizações internacionais a deter a
extração ilegal de órgãos.
Fez um convite ao governo alemão para condenar a
prática através de resoluções similares às aprovadas em Câmara de
Representantes dos Estados Unidos e ao Parlamento Europeu.
Não é possível definir com exatidão o número de
cristãos mortos, mas é preocupante que o governo insista em que os presos nos
corredores da morte, com “consentimento”, doem órgãos. Especialmente, devido ao
número de detenção e condenação sem passar por um julgamento aberto. Na última
década, a perseguição dos cristãos chineses cresceu 700%, juntamente com a
multiplicação de detenção aos líderes cristãos.
Com informações CNN e
Notícias Cristianas | Tradução: Jonara Gonçalves | Imagem: Reprodução
Fonte: Consciência Cristã News