A experiência catastrófica de um psicólogo com a imposição da Ideologia de Gênero.
Ao
psicólogo e sexologista John Money é creditada a expressão papel de gênero (gender role) em 1955. “A expressão
papel de gênero é usada para significar tudo o que a pessoa diz ou faz para
evidenciar a si mesma como garoto ou homem, como garota ou mulher,
respectivamente. Isso inclui, mas não é restrito a, sexualidade, no senso de
erotismo”.
Elementos
de tais papéis incluem vestimenta, modo de falar, gestos, profissão e outros
fatores que não são limitados pelo sexo biológico. Por se presumir que os
aspectos sociais de gênero são normalmente os aspectos de interesse na
sociologia e disciplinas relacionadas, papel de gênero é normalmente abreviado
por gênero, sem que haja ambiguidade neste contexto.
A
diferença conceitual entre sexo e gênero foi estabelecida pelo psicólogo
norte-americano Robert Stoller em 1968: “sexo refere-se aos aspectos
anatômicos, morfológicos e fisiológicos (genitália, cromossomos sexuais,
hormônios) da espécie humana”. Stoller estudou casos de meninos e meninas classificados,
à época, como hermafroditas (hoje em dia fala-se em pessoas intersexuais) ou
que possuíam “genitais escondidos” e que foram educados de acordo com um gênero
que não correspondia ao seu sexo biológico.
“Esses meninos e meninas, mesmo depois de saberem que suas genitálias externas eram mal formadas ou sofreram alguma mutilação acidental, empenhavam-se em manter os padrões de comportamento de acordo com os quais haviam sido educados, o que levou Stoller à conclusão de que seria ‘mais fácil mudar o sexo biológico do que o gênero de uma pessoa’”.
Foi
um experimento baseado nessa ideologia de gênero que castrou e torturou um
menino de 2 anos, David Reimer, até levá-lo ao suicídio.
Um
fato real, documentado e detalhadamente comprovado desmascara a loucura
criminosa da chamada “teoria de gênero”: o drama brutal dos gêmeos canadenses
Reimer, mártires dessa ideologia que não tem nenhum embasamento científico e
cujos resultados práticos são escandalosamente antinaturais.
Dr.
Money e o Menino sem Pênis, a tragédia da ideologia de gênero
O
principal divulgador dessa modalidade de tortura física e psicológica,
irresponsavelmente fantasiada de “ciência”, foi o médico neozelandês John
Money, que tentou obrigar um menino de 2 anos de idade a se transformar em
menina a fim de “comprovar” que o gênero seria uma “construção social”
independente dos fatos reais da biologia. Seu “tratamento” incluiu, entre uma
série abominável de crimes de tortura, nada menos que a castração do pequeno
Bruce Reimer, submetido a partir de então a uma insana tentativa de “torná-lo
menina”.
O
resultado foi uma tragédia familiar sem precedentes que culminou na morte de um
irmão e no suicídio do outro.
David
Reimer nasceu do sexo masculino, com um irmão gêmeo idêntico, em Winnipeg,
Manitoba. Seu nome de nascimento era Bruce, e seu irmão gêmeo foi chamado
Brian. Com a idade de 6 meses, após seus pais se preocuparem com a maneira como
ambos urinavam, os meninos foram diagnosticados com fimose. Eles foram
encaminhados para a circuncisão com a idade de 8 meses. Em 27 de abril de 1966,
um urologista realizou a operação utilizando o método não-convencional de
cauterização.
O
procedimento não saiu como os médicos tinham planejado, e o pênis de Bruce foi
queimado além do reparo cirúrgico. Os médicos optaram por não operar Brian,
cuja fimose logo desapareceu, sem qualquer intervenção cirúrgica (“David
Reimer: The boy who lived as a girl”, CBC News, July 2002).
Os pais, preocupados com as perspectivas futuras de felicidade de seu filho, que desempenharia a função sexual sem um pênis, levaram-no para o Johns Hopkins Hospital, em Baltimore para ver John Money, um psicólogo que estava a desenvolver uma reputação como um pioneiro no campo do desenvolvimento sexual e identidade de gênero, com base em seu trabalho com pacientes intersexuais. O Dr. Money era um proeminente defensor da “teoria da Neutralidade de Gênero”; e de que a “identidade de gênero” era desenvolvida principalmente como resultado da aprendizagem social desde a infância, e poderia ser alterada com as intervenções apropriadas de comportamento.
Os
Reimers tinham visto o Dr. Money ser entrevistado no programa de notícias
canadense “Esta hora tem sete dias”, onde ele discutiu suas teorias sobre
gênero. Ele e outros médicos que trabalhavam com crianças nascidas com
genitália anormal acreditavam que um pênis não podia ser substituído, mas que
uma vagina funcional poderia ser construída cirurgicamente, e que seria mais
provável que David tivesse uma mais bem sucedida maturação funcional sexual
como uma menina do que como um menino (Colapinto, J. As Nature Made Him: The
Boy Who Was Raised as a Girl. [S.l.]: Harper Perennial, 2001. ISBN
0-06-092959-6 Revised in 2006).
Esses
médicos convenceram os pais de David Reimer de que a cirurgia de mudança de
sexo seria o melhor para o garoto, e, com a idade de 22 meses, uma
orquidectomia foi realizada para remover seus testículos. Seu sexo foi
redefinido, os pais foram instruídos a criar David como uma mulher, e foi-lhe
posto o nome de Brenda.
O
Dr. Money deu apoio psicológico para a cirurgia para a posterior reeducação
sexual, e ele continuou a ver Reimer anualmente por cerca de dez anos, para
consultas e para avaliar o resultado. Esta mudança foi considerada um caso de
teste especialmente válido do conceito de aprendizagem social da identidade de
gênero, por duas razões. Primeiro, o irmão gêmeo de Reimer, Brian, serviu de
controle ideal, pois os dois não só compartilhavam genes e ambientes
familiares, mas tinham compartilhado o ambiente intrauterino também. Segundo,
esta tinha a fama de ser a primeira mudança e reconstrução realizada em um bebê
do sexo masculino que não tinha anormalidade pré-natal ou pós-natal precoce de
diferenciação sexual.
O
Dr. Money forçou os gêmeos a ensaiarem atos sexuais envolvendo “movimentos
empurrando”, com David desempenhando o papel sexual passivo. Quando criança,
David Reimer dolorosamente lembrou-se de ter que de “ficar de quatro” com seu
irmão, Brian Reimer, “por trás de sua bunda”, com “sua virilha contra “suas”
nádegas”. Em outra posição sexual, o Dr. Money forçou David a ter suas “pernas
abertas” com Brian por cima. O Dr. Money também forçou as crianças a tirarem
suas roupas e se envolverem em “inspeções genitais”. Em “pelo menos uma
ocasião”, o Dr. Money tirou uma “fotografia” das duas crianças fazendo essas
atividades. A razão do Dr. Money para estes vários tratamentos era a sua crença
de que “jogos sexuais infantis” eram “importantes para uma identidade de gênero
adulta saudável” (Colapinto, J. As Nature Made Him: The Boy Who Was Raised as a
Girl. [S.l.]: Harper Perennial, 2001. ISBN 0-06-092959-6 Revised in 2006).
Durante vários anos, O Dr. Money relatou o desenvolvimento de Reimer como o “caso João/Joana”, descrevendo-o como um aparentemente bem-sucedido desenvolvimento de gênero feminino, e usando esse caso para apoiar a viabilidade de mudança de sexo e de reconstrução cirúrgica, mesmo em casos de não-intersexuais.
O
Dr. Money escreveu: “O comportamento da criança é claramente o de uma menininha
ativa, muito diferente dos modos masculinos de seu irmão gêmeo”. Notas de um
ex-aluno do laboratório do Dr. Money relatam que, durante as visitas de
acompanhamento do caso, que ocorreram apenas uma vez por ano, os pais de Reimer
costumavam mentir ao pessoal do laboratório sobre o sucesso do procedimento.
Ficou comprovado, mais tarde, que Brian, o irmão gêmeo de David, sofreu de
esquizofrenia.
A experiência de Reimer em suas visitas a Baltimore foi traumática, em vez de terapêutica, e quando o Dr. Money começou a pressionar a família para trazê-lo para uma cirurgia de construção de uma vagina, a família interrompeu as visitas de acompanhamento. Dos 22 meses de vida até seus primeiros anos como adolescente, Reimer urinou por meio de um orifício que cirurgiões fizeram em seu abdômen. Foi-lhe dado estrogênio durante a adolescência, para induzir o desenvolvimento das mamas. Não tendo mais contato com a família, visto que as visitas foram suspensas, o Dr. John Money não publicou mais nada sobre o caso, deixando sugerido ao público que a mudança não havia sido bem sucedida.
O
relato de Reimer, escrito com o Dr. John Colapinto duas décadas mais tarde,
descreveu como – ao contrário do que informou o Dr. Money – quando viveu como
Brenda, Reimer não se identificou como uma menina. Ele foi marginalizado e
intimidado pelos colegas, e nem vestidos de babados (que ele foi forçado a usar
durante invernos gelados em Winnipeg), nem hormônios femininos fizeram-no
sentir-se feminino. Com a idade de 13 anos, Reimer estava experimentando depressão
suicida, e disse a seus pais que ele iria cometer suicídio se eles o fizessem
ver o Dr. John Money novamente. Em 1980, os pais de Reimer disseram-lhe a
verdade sobre sua mudança de sexo, seguindo o conselho do endocrinologista e do
psiquiatra de Reimer. Aos 14 anos, Reimer decidiu assumir uma “identidade de
gênero” masculino, autodenominando-se David. Em 1987, Reimer se submeteu a um
tratamento para reverter a mudança, incluindo injeções de testosterona, uma
mastectomia dupla e duas operações de faloplastia. Em 22 de setembro de 1990,
ele se casou com Jane Fontaine e se tornou o padrasto de seus três filhos.
Em
1997 seu caso começou a chamar atenção da sociedade acadêmica e da imprensa.
Seu caso chamou a atenção internacional em 1997, quando ele contou sua história
a Milton Diamond, um sexólogo acadêmico que persuadiu Reimer a lhe permitir
apresentasse os resultados do experimento que fizeram com David a fim de
dissuadir médicos de tratarem outras crianças da mesma forma. Logo depois,
Reimer foi a público com sua história e o Dr. John Colapinto publicou um relato
amplamente divulgado e influente na revista Rolling Stone, em dezembro de 1997,
eles contaram a história em um livro, “As Nature Made Him: The Boy Who Was
Raised as a Girl”.
A
morte da criança cobaia da ideologia de gênero
Além
de um relacionamento difícil com seus pais durante toda a vida, Reimer teve de
lidar com o desemprego e a morte de seu irmão Brian por uma overdose de
antidepressivos em 2002. Em 2 de maio de 2004, sua esposa Jane lhe disse que
queria a separação. Na manhã de 5 de maio de 2004, Reimer foi a uma mercearia,
e cometeu suicídio dando um tiro na própria cabeça. Ele tinha 38 anos (Colapinto, J. “Gender Gap: What were the
real reasons behind David Reimer’s suicide?”, Slate, 2004-06-03. Página visitada em
2009-02-13).
O relatório e posterior livro sobre Reimer influenciou várias práticas médicas e reputações, e uma compreensão ainda atual da biologia do gênero.
O
declínio das cirurgias de mudança de sexo
O
caso acelerou o declínio da cirurgia de mudança de sexo e de cirurgias para
crianças masculinas inequivocamente XY com micropênis, várias outras raras
malformações congênitas ou perda do pênis na infância.
Ele
apoiou os argumentos daqueles que acham que os hormônios pré-natais e da
primeira infância têm uma forte influência na diferenciação cerebral,
identidade de gênero e, talvez, o comportamento sexual-dimórfico. A
aplicabilidade deste caso para atribuição sexual adequada em casos de condições
intersexuais envolvendo grave deficiência de testosterona ou a insensibilidade
de seus efeitos é mais incerta.
A
confusão gerada na comunidade científica
Para
algumas pessoas, a incapacidade de prever a identidade de gênero neste caso
confirmou o ceticismo sobre a capacidade dos médicos de fazê-lo em geral, ou
sobre a crença de usar a cirurgia reconstrutora genital para comprometer uma
criança com uma condição intersexual ou defeito genital a um papel de gênero
específico antes que a criança tenha idade suficiente para reivindicar uma
identidade de gênero.
A
Sociedade Intersexual dos Estados Unidos da América, que se opõe a mudança de
sexo involuntário, considera a história de David Peter Reimer como uma
advertência sobre o porquê de os órgãos genitais de menores não dever ser
desnecessariamente e sem consentimento modificado.
O
livro do Dr. Colapinto descreveu desagradáveis sessões de terapia infantil, o
que implica que o Dr. Money havia ignorado ou escondido a evidência de que o
desenvolvimento da transformação de Reimer em uma menina não estava indo bem.
O
caso de Reimer inspirou documentário, episódios, filmes, novelas, discussões é
lembrado por todos os defensores da família e contrários a ideologia de gênero
nas escolas. Essa é a prova de um experimento que não deu certo, trouxe uma
grande tragédia para a humanidade, causou um caos na comunidade científica, e
um macabro silencia na psicologia, e na militância lgbtts, e é ignorado pela
corrente pedagógica que defende a ideologia de gênero.
O
episódio “Boys Will Be Girls” (2000), da 6ª temporada da série Chicago Hope foi
baseado na vida de Reimer e no direito da criança de ser criada como menino.
O
episódio “Identidade” (2005), da 6ª temporada da série Law & Order: Special
Victims Unit season 6 foi baseado nas vidas de David e Brian Reimer e em seu
tratamento pelo Dr. Money
Em
seu álbum de 2007, Reunion Tour, uma música do The Weakerthans intitulada “Hino
da Estranheza Médica” foi inspirada pela história de David Reimer.
O
documentário Horizon, de uma série da TV BBC, baseou dois episódios em sua
vida, “O Menino que foi transformado em uma menina” (2000) (“The Boy who was
Turned into a Girl”) e “Dr. Money e o Menino sem Penis” (2004) (“Dr. Money and
the Boy with No Penis)
Um
capítulo intitulado “Fazendo Justiça a Alguém: Mudança de Sexo e Alegorias da
Transexualidade” (Doing Justice to Someone: Sex Reassignment and Allegories of
Transsexuality) do livro de 2004 “Desfazendo gênero, pela filósofa feminista
Judith Butler”, aborda o caso de David Reimer.
O
oitavo episódio da série de TV “Casa dos Espelhos” (2009) (“House of Mirrors”),
lida com a história Reimer.[9] A novela brasileira chamada Chocolate com
Pimenta teve um personagem baseado em sua vida.
Referências:
Dr.
Money And The Boy With No Penis Retrieved December 24, 2010.
Diamond,
M., Sigmundson, K. (1997). Sex Reassignment at Birth: Long-term Review and
Clinical Implications. Archives of Pediatrics & Adolescent Medicine,
151(3), 298-304
“David
Reimer: The boy who lived as a girl”, CBC News, July 2002. Colapinto, J. As
Nature Made Him: The Boy Who Was Raised as a Girl. [S.l.]: Harper Perennial,
2001. ISBN 0-06-092959-6 Revised in 2006
Colapinto,
John. “The True Story of John/Joan”, Rolling Stone, 1997-12-11, pp. 54–97.
Colapinto,
J. “Gender Gap: What were the real reasons behind David Reimer’s suicide?”.
Dr
Money and the Boy with No Penis BBC.
Por Marisa Lobo
Com informações do Gospel+