O fim do casamento de Fátima Bernardes e William Bonner: LIÇÕES.
O “casal 20” da TV brasileira, William
Bonner e Fátima Bernardes, anunciou a separação na última segunda-feira,
encerrando uma união de 26 anos. Nenhum outro detalhe ou motivo oficial foi
dado pelo casal de jornalistas, apesar dos rumores de que eles já não andavam bem estarem circulando há algum
tempo. Não cabe a nós especularmos, pois uma separação em si já é dolorosa
pelos motivos reais, muito mais quando outros ficam fomentando sem saber ao
certo o que aconteceu.
Para nós da Escola do Amor,
a tristeza é dupla. Não apenas pelo fim de mais um casamento e pela dor das
partes envolvidas, incluindo os três filhos do casal, mas por uma razão ainda
maior. Com toda a visibilidade que William e Fátima têm nas telas há quase três
décadas, esta separação não afeta apenas o casal. O mais triste é que fará
outros descrerem do casamento.
Muitos tomarão esta separação como mais
uma “prova” de que casamentos duradouros já não existem mais. “Tá vendo? Até AQUELE casal da TV separou!” A
frase resume bem o sentimento que está rolando em rodas de amigos desde que a
notícia caiu na rede. Conversas que inevitavelmente acabam com a seguinte
conclusão: o velho “até que morte os separe” já caducou e deu lugar ao “que seja
eterno enquanto dure”.
A verdade, porém, é que não há nada de
errado com o casamento como instituição. São as pessoas que estão mudando.
Casamento é, comprovadamente, a melhor coisa que pode acontecer a alguém em
vários sentidos. Pessoas casadas vivem mais, têm mais saúde, mais dinheiro e
filhos mais bem estruturados. É claro, presume-se aqui um casamento saudável.
Tem sido assim por milhares de anos e continuará sendo.
Se casamentos duradouros e felizes
estão ficando mais raros é porque as pessoas estão perdendo a noção de uma
regrinha básica.
Casamento é
assim: descuidou, perdeu.
E é tão fácil descuidar, colocar a
relação no ponto morto depois da troca das alianças… Eu sei como é. Fiz isso por 12 anos no meu casamento. Um probleminha que surge
aqui, outro ali. O casal se desentende mas nada é resolvido. A vida continua.
Trabalho, contas, crianças, Olimpíadas, shopping… nunca há “tempo” para
cuidarem da relação. De repente, uma crise se instala. (Lembre-se: problemas
não resolvidos + tempo = crise.) E a separação parece a única solução. No caso
de Bonner e Bernardes, com certeza, em algum momento, alguém deixou de cuidar
da relação e colocou outras coisas e/ou pessoas acima do outro.
É possível salvar praticamente qualquer
casamento SE pelo menos UM dos cônjuges
começar a fazer as coisas certas. Sim, raramente começa com os dois. Normalmente quando um muda,
o outro é influenciado a mudar. O problema é que o orgulho, os egos e a
teimosia às vezes são tão grandes que ninguém quer dar o braço a torcer.
Trágico. Se pensassem um pouquinho, veriam que o esforço, a dor e consequências
de um divórcio superam em muito o esforço necessário para mudar e trabalhar no casamento.
Desejamos o melhor possível para
William, Fátima e filhos.
Autor: Renato Cardoso