Criança de 4 anos mudará de sexo na Austrália, com apoio do Governo.
Postado
05/09/2016 18H01
Uma criança de quatro anos de idade começou o
processo de “transição” para mudar de sexo na Austrália. Ela se tonou o símbolo
de uma ampla discussão no país sobre até que ponto os pais devem interferir nas
escolhas de crianças que ainda estão no jardim de infância.
Existe um crescimento assustador no número de
menores de idade que buscam apoio para lidar com questões de sexualidade nas
escolas de ensino primário australianas. No hospital onde esse caso é tratado,
há 250 crianças sendo assistidas pela “unidade de disforia de gênero”. A mais
nova tem apenas três anos.
Nos últimos anos os encaminhamentos para
serviços que cuidam de questões de gênero triplicaram, e estão “aumentando
rapidamente”, segundo o jornal Daily Telegraph.
O diagnóstico preliminar da maioria é
“disforia de gênero”, um desconforto com o sexo do nascimento e um sentimento
de inadequação no papel social deste gênero. Para que a criança seja atendida,
é necessária uma decisão dos pais, já que a legislação do país só autoriza a
mudança de sexo a partir dos 18 anos.
No início de 2015, uma menina de 9 anos
obteve autorização legal, quando até então apenas adolescentes tinham obtido
permissão. O caso da criança de 4, que não teve nem o nome nem o sexo revelado,
já está gerando uma onda de pedidos para que a legislação seja revista.
Muitos psicólogos questionam se não é muito
cedo para alguém iniciar a “transição”, que inclui acompanhamento psicológico e
tratamento hormonal. Essa é a primeira polêmica do programa de governo “Escolas
Seguras”, que serviria, entre outras coisas, para combater o preconceito e
promover a inclusão.
Gregory Prior, vice-secretário de operações
escolares do Departamento de Educação, explica que a escola usou recursos do
programa público para ajudar os professores a acompanhar a criança. Ele
confirmou que a decisão foi tomada por que a criança “se identificou como
transgênero”. Ou seja, todo o processo está sendo supervisionado e, de certa
forma, promovida pelo governo.
A coisa certa?
Catherine McGregor, conhecida advogada de
causas LGBT no país, afirmou que as crianças “tendem a fazer a coisa certa
quando sentem que estão no corpo errado”. Ao mesmo tempo, diz que é preciso
haver controles adequados para assegurar que não ocorram erros prematuros.
“Penso que 4 [anos] é muito cedo para qualquer apoio oficial”, resumiu.
O renomado psicólogo infantil Michael
Carr-Gregg confirmou que existe 250 crianças sendo assistidas na unidade que
trata da disforia de gênero no Hospital Infantil Royal, em Melbourne. Uma
década atrás, havia apenas uma criança pedindo ajuda, compara.
Segundo ele, “pesquisas indicam
que 2,7% das crianças se enquadram nesta categoria”. Assegura que a tendência é
elas sofrerem bullying constante na infância, sendo que muitas cometem suicídio
durante a adolescência pois foram “forçadas a viver desse jeito, em negação”.
Curiosamente, a única igreja a se
pronunciar sobre o caso até agora foi a Comunidade de Cristo Porta Aberta, em
Cranebrook. A pastora Susan Palmer, que é lésbica e lidera a congregação
voltada para a comunidade LGBT, declarou não ver problema que a criança receba
acompanhamento logo que a questão seja detectada.
“A maioria dos meus conhecidos
que fizeram a transição sabiam desde muito cedo que algo não estava bem, como
se a mente e o corpo não estivessem em sintonia”, sublinhou.
“Uma criança é fortemente
influenciada por seus cuidadores e sei que os pais podem ficar excessivamente
preocupados. Eles realmente podem coagir ou influenciar as crianças quando tudo
que elas estão fazendo é apenas explorar algo que não está indo na direção que
eles realmente gostariam.”
Com informações Daily Mail
Fonte: Gospel Prime
Categoria:Notícias