Medalhas de atletas militares superam meta do Ministério da Defesa.
Dos 465 que integraram a delegação brasileira nos
Jogos Olímpicos de 2016, 145 são militares em 27 modalidades esportivas. A meta,
segundo o Ministério da Defesa, era atingir dez medalhas, mas o resultado
superou a expectativa chegando a 12 até o momento.
Entre esses atletas está a judoca medalha de ouro,
Rafaela Silva, que entrou na Marinha em janeiro de 2014. Segundo ela, a participação
nos Jogos Mundiais Militares, realizados antes das Olimpíadas, e o apoio
financeiro ajudam na preparação.
“É muito importante a gente ter outros tipos de
recursos, representar a Marinha nos Jogos Mundiais Militares, onde a gente
conhece alguns adversários que possam estar em Olimpíada e em campeonatos
mundiais. A gente tem uma ajuda também, porque a gente não consegue treinar com
preocupação. A gente tem uma renda fixa e uma preocupação a menos, podendo se
preocupar mais com o treino e a competição”, comentou Rafaela.
Medalha de ouro no salto com vara, Thiago Braz, da
Aeronáutica, destacou que para o desenvolvimento da modalidade dele, as Forças
Armadas têm uma estrutura de pista de saltos que vai influenciar a preparação
para as competições. “O principal é que agora a gente vai ter um espaço. Quando
eu estiver lá fora e vier para o Brasil, vou poder fazer intercâmbios. Isso vai
dar uma boa ajuda”, apontou.
Segundo Thiago, os resultados dos Jogos de 2016
devem atrair mais atenção para outros esportes além do futebol. “Não vou
comparar o atletismo com futebol, porque a gente ainda é fraco nesta área, mas
acredito que tendo uma medalha pode influenciar muitos brasileiros a voltarem
os olhos ao esporte. Não somente ao futebol, mas em outras áreas. O interessante
é que as pessoas estão tendo a oportunidade de iniciar, a partir de 2017 ou
ainda em 2016, uma nova fase para o Brasil. O esporte só tem a ganhar com
isso”, concluiu.
Os atletas militares medalhistas olímpicos
participaram neste sábado (20), com outros atletas militares, da cerimônia de
encerramento do Clube Conselho Internacional do Esporte Militar (CISM), na
Fortaleza de São José da Ilha das Cobras, no centro do Rio de Janeiro. O
presidente do CISM, coronel Abdulhakeem Alshano, agradeceu a participação de
todos os atletas militares nesta Olimpíada. “Os atletas militares conseguiram
resultados positivos e deram contribuição enorme para os esportes em nível
internacional”, destacou.
Militar do Bahrein, Alshano elogiou o trabalho feito pelas Forças Armadas brasileiras. “O Brasil tem um papel muito importante. Realmente forma pessoas que tem muito talento. Contribui para qualificar as pessoas para diferentes atividades”, declarou.
Fonte: Agência Brasil