Não há evidência científica de que uma pessoa nasça gay ou transgênero.
Um
grupo de estudiosos da conceituada Universidade Johns Hopkins, nos Estados
Unidos, publicou uma nova pesquisa, defendendo que não há evidência científica
suficiente para sugerir que uma pessoa nasça gay, lésbica ou transgênero. A
chamada ‘identidade de gênero’ não é, portanto, uma questão biológica. O
material está disponível na íntegra AQUI (em
inglês).
O
renomado Dr. Paul McHugh é um psiquiatra que estuda sexualidade há 40 anos. Ele
comandou o grupo de pesquisa ao lado de Lawrence Mayer, professor de
estatística e bioestatística na Universidade Estadual do Arizona. Sua pesquisa
focou nas afirmações de que a orientação sexual e disforia de gênero sejam
causadas por questões naturais.
Os
pesquisadores contestam a alegação de que a discriminação e o preconceito
social são os únicos motivadores do fato de pessoas com atração pelo mesmo sexo
ou com identidade trans experimentem as maiores taxas de problemas de saúde
mental.
Cérebros
diferentes
Na
primeira parte, o relatório argumenta que não há provas suficientes para
afirmar que ser homossexual ou bissexual seja uma característica inata – algo
que acompanhe alguém desde o nascimento. Foram levados em conta estudos
anteriores sobre o tema – que tentaram fazer uma associação entre fatores
genéticos e orientação sexual.
Contudo,
o novo relatório aponta que nenhum desses estudos foi capaz de apresentar
provas incontestáveis que existam “genes específicos” determinando essa
questão.
“O
estudo do cérebro de homossexuais e heterossexuais realmente possuem algumas
diferenças, mas não há como provar que essas diferenças sejam inatas e não o
resultado de fatores ambientais que influenciam traços psicológicos e
neurobiológicos”, afirma o relatório.
“Um
fator que parece estar correlacionado com a não-heterossexualidade é o abuso
sexual na infância, algo que pode contribuir muito para essa tendência”.
Gêmeos
mostram que DNA não é determinante
A
pesquisa de McHugh e Meyer debruçou-se sobre estudos da sexualidade de irmãos
gêmeos. Um deles conduzido em 2010 pelo epidemiologista psiquiátrico Niklas
Langstrom e seus colegas. Foram analisados 3.826 gêmeos univitelinos
(idênticos) e bivitelinos (fraternos) do mesmo sexo. Como se sabe, os
univitelinos são fecundados por um único óvulo e um único espermatozoide,
portanto possuem o mesmo DNA.
Dentre
os casos onde um dos gêmeos afirmava sentir atração por pessoas do mesmo sexo,
apenas em uma pequena fração ambos eram homossexuais. A chamada “taxa de
concordância” foi de 18% de gêmeos univitelinos do sexo masculino e 11% para os
gêmeos bivitelinos, enquanto eram 22% das fêmeas idênticas, e 17% das gêmeas
fraternas.
“Após
uma avaliação detalhada desses estudos de gêmeos, podemos dizer que não existe
nenhuma evidência científica confiável que a orientação sexual seja determinada
pelos genes de uma pessoa. Mesmo assim, há evidências que os genes desempenham
alguma influência na orientação sexual”, explica o relatório.
A
partir disso, cabe a pergunta: Será que as pessoas homossexuais nasceram assim?
Os pesquisadores dizem não existir evidências científicas que a orientação
sexual seja determinada geneticamente. Contudo, certos perfis genéticos provavelmente
contribuem para que a pessoa mais tarde se identifique como gay, afirma o
material divulgado.
Estudos
prévios foram inconclusivos
A parte
final do longo estudo contrasta uma série de outras pesquisas que tentaram
mostrar as ligações entre a ‘identidade transgênero’ e diferenças neurológicas.
De fato, alguns desses estudos prévios mostravam que os padrões de ativação
cerebral diferem entre as pessoas que se identificam como membros do sexo
biológico oposto.
Para os
pesquisadores da Universidade Johns Hopkins “ele não ofereceram provas
suficientes para se obter conclusões sólidas das possíveis associações entre a
ativação do cérebro e a identidade sexual. Seus resultados são conflitantes e
confusos”.
“As
diferenças neurológicas em adultos transgêneros podem ser resultado de fatores
biológicos, tais como genes ou exposição hormonal pré-natal; de fatores
psicológicos e ambientais, como abuso infantil, ou mesmo o resultado de uma
combinação de ambos”, assegura o relatório.
O The
Christian Post perguntou ao doutor
Lawrence Mayer sobre as críticas recebidas por ele de movimentos LGBT que podem
discordar de certos aspectos do seu relatório. Ele esclarece que não há
motivação religiosa na pesquisa e tampouco preconceito.
“Cada
linha foi escrita ou aprovada por mim. Não há nenhum tipo de tendência,
revelamos apenas o que a ciência mostra.”
Ele confessa que grupos conservadores têm feito pesadas críticas ao relatório porque não os apoia integralmente. “Vamos deixar a ciência falar por si só”, encerrou.
Fonte: Gospel Prime